Bom
dia, às vezes era só isso que eu queria ouvir, mas na maioria das vezes eu ouço
um grito, um berro, que nem dá pra entender que palavras soaram, eu não sei se
foi por culpa minha, se eu tomei doses de loucura e deixei todos loucos, mas
estão cavando minha cova, eu me sinto fraca pra reclamar, pra odiar, pra dizer
as minhas verdades, verdades que só cabem a mim, a meu ego, meu pessimismo,
minha vida, eu encontro pessoas todos os dias, eu vejo brigas, vejo relações
conturbados, vejo casamentos inacabados, relações que poderiam ter dado certo,
relações que nem deveria ter começado, eu vejo as coisas como se tivesse fora
do mundo, além de tudo, por fora e a fundo, e começo a me lembrar como era
quando eu tinha uns 16, como era fácil e eu achava difícil, como era menos
doloroso, e eu pensava que era a morte, não sei lidar com perdas, não sei
sofrer pouco, não sei amanhecer sem dizer eu te amo, todas as manhãs eu digo um
belo eu te amo, e me sinto tão confortável por dentro, que e uma alegria que
não tem fim, todas as noites antes de dormir eu ouço um eu te amo, e muito, e
demais, e em excesso, e fico tão feliz, me sinto uma criança com um brinquedo
novo, daqueles tipo sucrilhos, que dávamos uma baita importância quando éramos menores.
Obrigado
por me ouvir, por mais uma vez me fazer crer, que por escrever que eu me
entendo e começo a ver, os meus erros, as minhas angustias, um pouco menos
afiada, menos debochada, e mais viva, mais realista, mais entendida de si.
Os
que menos me dão valor são sempre os que eu mais amo, me sinto até estranho
quando começo a amar alguém que me ama de verdade, e até confuso, e divertido,
amar e ser amada, respeitar e ser respeitado, o mundo da lua e mais colorido
visto de perto!
A
verdade sobre as coisas, e que não existe verdade, cada um vê o que quer ver,
entende o que quer entender, ama o que quer amar.
“Obrigada
por estar aqui” _Rosa de Saron
Danielle Câmara
Às 02
de setembro de 2012 – 17:30
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