domingo, 2 de setembro de 2012

Obrigado!


Bom dia, às vezes era só isso que eu queria ouvir, mas na maioria das vezes eu ouço um grito, um berro, que nem dá pra entender que palavras soaram, eu não sei se foi por culpa minha, se eu tomei doses de loucura e deixei todos loucos, mas estão cavando minha cova, eu me sinto fraca pra reclamar, pra odiar, pra dizer as minhas verdades, verdades que só cabem a mim, a meu ego, meu pessimismo, minha vida, eu encontro pessoas todos os dias, eu vejo brigas, vejo relações conturbados, vejo casamentos inacabados, relações que poderiam ter dado certo, relações que nem deveria ter começado, eu vejo as coisas como se tivesse fora do mundo, além de tudo, por fora e a fundo, e começo a me lembrar como era quando eu tinha uns 16, como era fácil e eu achava difícil, como era menos doloroso, e eu pensava que era a morte, não sei lidar com perdas, não sei sofrer pouco, não sei amanhecer sem dizer eu te amo, todas as manhãs eu digo um belo eu te amo, e me sinto tão confortável por dentro, que e uma alegria que não tem fim, todas as noites antes de dormir eu ouço um eu te amo, e muito, e demais, e em excesso, e fico tão feliz, me sinto uma criança com um brinquedo novo, daqueles tipo sucrilhos, que dávamos uma baita importância quando éramos menores.
Obrigado por me ouvir, por mais uma vez me fazer crer, que por escrever que eu me entendo e começo a ver, os meus erros, as minhas angustias, um pouco menos afiada, menos debochada, e mais viva, mais realista, mais entendida de si.
Os que menos me dão valor são sempre os que eu mais amo, me sinto até estranho quando começo a amar alguém que me ama de verdade, e até confuso, e divertido, amar e ser amada, respeitar e ser respeitado, o mundo da lua e mais colorido visto de perto!
A verdade sobre as coisas, e que não existe verdade, cada um vê o que quer ver, entende o que quer entender, ama o que quer amar.

“Obrigada por estar aqui” _Rosa de Saron

Danielle Câmara
Às 02 de setembro de 2012 – 17:30

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